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Aula 04 – Texturas e Padrões de Repetição – Curso de Fotografia do Câmera Mais

Beleza? Aqui é o Daniel Moreira e vim para a nossa 4ª aula de fotografia!

Espero que o conhecimento adquirido até agora esteja fazendo a diferença nas suas fotos!

Para fazer a aula de hoje, é muito importante que você já tenha participado das seguintes aulas:


Hoje, pela primeira vez no curso, irei mostrar algumas fotos que não foram feitas com o celular, pois exigiram acessórios e equipamentos que só são possíveis de usar com uma câmera DSLR.
Porém você pode continuar treinando com a câmera do seu telefone mesmo, a menos que queira replicar algumas das fotos.
Mas vai ter foto feita com celular também! hehehe


Na aula de hoje você vai aprender:

  • Texturas
  • Padrões de Repetição

Texturas:

Você, com certeza já ouviu falar de textura, né?
Essa palavra se aplica em vários contextos.
Texturas são percebidas pelo nosso corpo através de vários dos nossos sentidos:

Ao comer alguma coisa, podemos avaliar a textura daquele alimento.
Ao tocar alguma coisa, também podemos sentir a textura do objeto e determinar, mesmo sem ver, se é liso ou áspero, por exemplo.
Já ouvi um músico explicar sobre o que é o timbre de um instrumento, dizendo:

“Timbre é como se fosse a “textura” do som.”

Bom, não sei se é verdade, mas fez todo sentido pra mim.

Mas também podemos ver uma textura e, mesmo sem tocar, saber como ela é.
Isso acontece porque já temos, em nosso “banco de dados” cerebral, a sensação de toque àquela determinada textura. Daí quando vemos, logo podemos sentir e, claro, identificar.

Texturas são constantemente incorporadas nas fotografias, mesmo sem você querer.
Se olho para um retrato que você fez, e ao fundo percebo que tem uma parede, mesmo que não apareça o chão ou as margens dessa parede, é porque pude identificar a textura dela.

Se você faz um retrato em determinado ângulo em que ao fundo só apareça água, também poderei dizer:

Olha, é água no fundo da foto!

Tá certo que se a água estiver parada, provavelmente a reconhecerei devido a reflexão do ambiente nela, mas faz de conta que a água está agitada nesse caso, tá bom? hehehe

“Ah, mas se a água está parada, como você sabe que não é um espelho, por exemplo?”

Bom, acontece que quando a água reflete qualquer coisa, o faz com 1 ponto de luz a menos, ou seja, ela reflete apenas metade da luz.
Dessa forma, se nessa hipotética foto for possível ver a paisagem ao redor e a água parada, é possível determinar que é realmente água, devido a diferença de luz.

Veja essa foto feita em 2012 e repare na diferença de iluminação entre a imagem real e a imagem refletida na água:

Mas, voltando ao assunto, se conseguimos identificar em uma foto, terra, asfalto, concreto, madeira, tecidos, ferro, pedras, vegetações, pele, pelos etc, é porque cada uma dessas coisas possui uma textura única e que a identifica.

“Mas se as texturas já aparecem na nossa foto de forma “automática”, porque temos que aprender sobre ela?”

O motivo é simples:

Entendendo o que são texturas, poderemos atenuar ou acentuar a presença dela em nossas fotos!

Se você ainda não usa luzes eletrônicas para fotografar, como flashes, lanternas, LED’s ou lâmpadas, não tem problema, pois também poderá usar a técnica que vou te ensinar, pois toda e qualquer foto só existe porque tem luz. E se tem luz, então dá pra usá-la ao nosso favor, mesmo sendo a luz do sol.
Digo isso porque a posição da luz em relação ao assunto a ser fotografado, ou a posição do assunto em relação à luz, faz toda diferença nas texturas presentes em sua foto. Alterando o ângulo em  que a luz incide em determinada superfície, é possível alterar também a intensidade de percepção da textura nessa superfície.

No exemplo abaixo, coloquei a câmera em um tripé e filmei parte de uma parede:

Com a luz “escorrendo” pela parede, ou seja, posicionada de forma lateral e com seu eixo paralelo à parede, podemos ver perfeitamente a textura da parede, pois, neste ângulo, criam-se sombras mesmo nos menores relevos.
Já quando iluminamos de frente, ou seja, com o eixo da iluminação perpendicular à parede, não vemos a textura com a mesma intensidade, pois neste ângulo, criam-se poucas sombras.

Já percebeu que o segredo para se conseguir evidenciar texturas é criar sombras?
Então já deve ter percebido também que o segredo para se criar sombras é o ângulo da luz, certo?

Isso vale para tudo que for fotografar, pois tudo tem alguma textura.

“Então, se eu for fotografar uma pessoa, também posso usar essa técnica?”

Sim, pode! Mas cuidado para não exagerar ao criar textura, pois tem vez que o que se quer, é justamente esconder a textura. Sem falar que os relevos do rosto são muito acentuados e por isso, dependendo do ângulo da luz, serão criadas sombras muito marcadas nos olhos (efeito “urso panda”), boca e pescoço.

Veja algumas texturas bem legais que encontrei aqui em casa:

Obs.: Sim, não saí de casa, pois estava chovendo no dia de fazer as fotos… heheh 
Nessas fotos usei um flash posicionado conforme animação acima e um tubo extensor macro para poder fotografar bem de perto e assim, mostrar melhor as texturas.

Gallery Wordpress

Eu disse acima que dá pra usar essa técnica de iluminação sem precisar de luzes eletrônicas, lembra?
Faz de conta que você só tem o sol ao seu dispor e que mesmo assim quer sair para fotografar texturas. Neste caso você precisará escolher horários em que o sol esteja “escorrendo” pelas superfícies. Isso acontece com maior precisão em três momentos do dia:

  • Ao nascer do sol
  • Ao meio dia (ou com o sol a pino, depende da época do ano)
  • ao pôr do sol

Ao nascer e ao pôr do sol, conseguirá facilmente ver as texturas presentes no chão e também em paredes e muros.
Ao meio dia serão mais constantes as sombras em paredes e muros.

Veja esse exemplo também feito em casa, porém, claro, já em outro dia, sem chuva:

Obs.: Foto da esquerda feita de manhã e foto da direita feita com sol a pino.

Faça seus testes aí!
Experimente fazer várias fotos do mesmo local e com o mesmo enquadramento ao longo do dia e em seguida compare os resultados. Com certeza uma delas vai te agradar mais!


Padrões de Repetição:

Toda textura só existe porque a superfície de qualquer coisa tem um relevo único. Porém, não necessariamente, a textura precisa ser padronizada. Isso quer dizer que a textura, muitas das vezes, é aleatória, tal qual a parede na animação acima e também algumas das fotos na galeria anterior.

Já os padrões de repetição, não são aleatórios. Um padrão de repetição é sempre, como o nome diz, um padrão que se repete por toda superfície.
Um tabuleiro de damas ou de xadrez é um bom exemplo de padrão de repetição.
Padrões de repetição não dependem da compreensão visual de sua textura mesmo que ela seja aparente. Você pode, é claro, valorizar a textura de uma superfície com um padrão de repetição, através da técnica explicada acima, mas não é obrigatório.

Existem vários tipos de padrões de repetição além de um tabuleiro de damas ou xadrez:

  • O piso de uma casa
  • O telhado de uma casa
  • Paralelepípedos
  • As janelas de um edifício
  • O desenho de um pneu
  • Algumas estampas de tecidos
  • Tomates na banca da feira
  • A casca do abacaxi
  • Os favos de uma colmeia
  • As cadeiras do cinema ou teatro
  • Os grãos de milho na espiga etc.

Se olhar atentamente ao seu redor, verá muitos padrões de repetição.

Veja esses exemplos:

Obs.: Fotos feitas em casa em casa…

Gallery Wordpress

Obs.: Fotos feitas na rua:

Gallery Wordpress

Padrões de repetição podem trazer muita “força” para uma foto, pois é possível contrastar um padrão de repetição no segundo plano, com o assunto do primeiro plano.

Imagine uma parede ou muro de ladrilhos, ou seja um padrão de repetição, e no primeiro plano uma bailarina.
Essa foto seria interessante porque a “seriedade” e “peso” dos ladrilhos seria contrastante com a graça e leveza da bailarina.

Agora, ao invés de ladrilhos, imagine um muro ou parede de pedras irregulares. Apesar de serem irregulares, teremos um padrão de repetição, mas devido à irregularidade, temos também uma boa oportunidade de valorizar as texturas usando uma luz, como na animação acima. Isso fará o segundo plano ser ainda mais “pesado” por assim dizer e também trará uma estética rústica, aumentando ainda mais o contraste com a bailarina, no primeiro plano.

Vale dizer que padrões de repetição também podem ser aleatórios.
Calma, vou explicar:

Imagine uma cerca viva por exemplo.
Como ela normalmente é formada por uma única espécie de planta, as folhas são do mesmo formato. Algumas menores e outras maiores, algumas mais claras e outras mais escuras, mas todas seguem um padrão.

Veja só:

Gallery Wordpress

Nuvens também podem apresentar um padrão de repetição aleatório e, também, texturas, veja:

Essa é uma foto feita alguns anos atrás, com uma câmera DLSR.

Usar padrões de repetição farão suas fotografias ficarem muito mais interessantes. Eles estão por aí! Basta enquadrá-los.
Mas lembre-se de usar também, as texturas e as técnicas para valorização delas, as regras dos terços, simetria, ponto de fuga e tudo mais que você já aprendeu até aqui, ok?

Agora levante daí, pegue sua câmera e liberte sua imaginação. Treine seu olhar e vá aplicando os conhecimentos dessa e das outras aulas em suas fotos. Anda, vai lá!

Um grande abraço para você e até mais ver!


AVISO IMPORTANTE:
Todo o conteúdo desse curso está protegido pela lei de direitos autorais (LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.)
Não é permitida a reprodução ou duplicação, digital ou impressa, integral ou parcial dos textos, imagens, animações, vídeos ou arquivos sem prévia autorização do Câmera Mais.
Não é permitido o uso do conteúdo desse curso por escolas de fotografia ou design, por professores independentes, criadores de conteúdo digital ou impresso sem prévia autorização do Câmera Mais.

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