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Aula 02 – Enquadramento e Regra dos Terços – Curso de Fotografia do Câmera Mais

Olá, aqui é o Daniel Moreira e espero que esteja praticando bastante!
Se quiser, pode continuar os estudos com a câmera do seu celular mesmo.

Para fazer a aula de hoje é recomendado que você já tenha participado da seguinte aula:

Lembre-se de aplicar a técnica aprendida na última aula nas práticas da aula de hoje, tá bom?
Seu objetivo deve ser sempre o de reter o conhecimento. Só praticando é que haverá essa retenção.

Agora começarei a explicar algumas coisas importantes para você melhorar sua composição.
Costumo dizer aos alunos uma frase que ouvi uma vez e que infelizmente não sei de quem é (se souber, diga aí nos comentários, por favor, beleza?):


“Escolher o que vai ficar fora do enquadramento é muito mais importante do que escolher o que vai ficar dentro do enquadramento”


Isso porque uma foto cuja composição não é boa, falha em passar a mensagem a quem a observa.
Se você não fizer com que os elementos da sua foto contenha a história que você vê, terá sempre que explicar para as pessoas sobre o que ela é. Por esse motivo é que é mais importante escolher o que vai ficar fora da foto, pois certamente são objetos, assuntos ou sujeitos que não fazem parte dessa história que você quer contar. Mas chega de divagar sobre isso (por enquanto. hehehe).

Sobre esse tema tão amplo que é a composição, hoje você vai aprender sobre:

  • Enquadramento
  • Regra do Terços

Enquadramento:

A coisa mais comum do mundo é o fotógrafo chegar em casa e perceber que com um simples passo para frente ou para um dos lados, poderia ter conseguido uma foto muito melhor! As vezes é um lixo que está no chão, fios elétricos, extintor de incêndio, placas e uma infinidade de outros objetos que podem “matar” sua foto.
E aí acontece o quê?
Acontece que você vai passar horas editando as fotos só pra tentar corrigir esse tipo de problema.

Veja esse exemplo em que bastou caminhar mais para frente para me livrar dos fios:

Para te ajudar nesse tipo de situação é que você vai aprender a partir de hoje várias coisas sobre composição. Não vai dar pra falar tudo nessa aula e também não é prevista uma sequência sobre o assunto. Na medida que for sentindo que é a hora, vou falando sobre isso, mas é fato que, a partir de hoje, se você quer realmente melhorar suas fotografia, é fundamental que nunca mais faça uma única foto sem pensar na sua composição. E não é pra praticar isso na hora da sua sessão de fotos, ou seja, durante o trabalho. Treine bastante aí como bem entender. Aí depois você marca um ensaio com alguém posando pra você, e só depois disso aplique as técnicas desse curso em suas sessões. Quanto mais você treinar, mais fácil vai ser compor, e ainda mais fácil será criar composições novas e que te darão uma identidade fotográfica única.

Pra ficar bem claro, o enquadramento é uma técnica de composição. Não dá pra pensar em compor, sem se preocupar com o que vai aparecer na sua foto. Tampouco sem analisar se tudo que você escolheu para aparecer na foto realmente ajuda na composição ou se é distrativo em relação ao objetivo principal. Em muitos casos, é mais que apenas distrativo, pois dependendo do impacto visual de determinados itens presentes nas fotos, podem “roubar” toda atenção do observador.

No momento de compor, escolher o que fica dentro e o que fica fora do quadro é muito, mas muito, importante mesmo.

No exemplo abaixo, fiz duas fotos. Qual delas você acha que mostra de forma mais eficaz a igrejinha?

Perceba que na primeira foto existe uma ambientação (muito mal feita, mas existe). Nela é possível ver:

À esquerda:
Uma moita, um pedaço de um banco e parte de uma poste. Ainda à esquerda, porém ao fundo, é possível ver duas pessoas e um carro.

Na parte inferior:
O pedaço do meio-fio e a sombra de uma cruz que estava atrás de mim.

À direita:
Um “charmoso” tambor de lixo e também a estátua “O Pensador” um rapaz refletindo sobre as “tretas” da vida. Mais ao fundo, também à direita, temos uma parte da moto do rapaz e um poste de madeira pintado de verde.

Na parte superior:
Atrás do teto da igrejinha, ao lado da cruz, um poste de luz com umas lâmpadas enormes que roubam a atenção do símbolo principal da igreja: a cruz.

Já na segunda foto, não temos nada disso!

A única coisa que fiz, foi me aproximar da igreja. Só isso.

As vezes, mudar de posição é a melhor escolha para enquadrar de forma mais eficaz certos elementos na sua composição, contando assim a história de forma mais clara.

É lógico que isso foi só um exemplo e que não quer dizer que a segunda foto seja a melhor, mas sim somente que ela é coerente com a mensagem que eu quis passar. Eu queria uma foto da igreja, pô! 🙂

Mas ó:

Não adianta querer fazer uma foto e depois inventar uma história, hein?
O legal mesmo é fazer ao contrário: Invente ou pense numa história e depois faça a foto.

As vezes a situação é bem mais simples. Se você vai fotografar um horizonte por exemplo, normalmente não tem muitos elementos para se preocupar, porém é importante ressaltar o que você quer. Uma coisa que ajuda muito nisso é a regra dos terços.


Regra dos terços:

Então, é muito fácil usar a regra dos terços para se conseguir fotos melhores.
Essa regra se baseia no uso dessa grade:

 

A grade da regra dos terços divide a foto em três terços horizontais:

E em três terços verticais:

Agora que você já sabe como ela é e como ela divide o quadro, imagine que você está no alto de uma serra. Lá de cima, olhando a formosa paisagem, te bate aquela vontade doida de fotografar, é claro! Daí você pega a câmera e “mete o dedo”, certo? Errado!!!

Antes de clicar vamos pensar no seguinte:

No caso de uma paisagem, na maioria das vezes, a regra dos terços diz que 1/3 da foto deve ser preenchida com o céu os outros 2/3, devem ser preenchidos com a terra, ou seja, a vegetação, mar ou qualquer outra coisa abaixo do céu. Ou então ao contrário, com 1/3 de terra e 2/3 de céu.

Para decidir como será sua foto, é necessário avaliar de acordo com sua vontade, qual dos dois está mais interessante, mais bonito; se o céu ou se a terra.
Vou fazer de conta que você acha mais interessante, o céu. Assim sendo, o mais lógico é deixar 2/3 do enquadramento só para o céu. Entendeu? Facinho, né?

Veja esses exemplos:

Obs.: Perceba que são fotos da mesma cena e feitas sequencialmente. A única mudança foi o enquadramento.

O ideal é você sempre imaginar a regra dos terços na hora de criar suas fotos, mas como está treinando ainda e como até agora esse curso permite que seja usado a câmera de uma celular para realizar as práticas, você pode habilitar a grade da regra dos terços no seu aparelho.
Alguns celulares não possuem a regra dos terços, nesse caso se você usa Android, pode baixar o aplicativo gratuito Alpha Composition, que cria uma grade de regra dos terços na tela do seu telefone. Se você usa iOS, creio que a grade da regra dos terços esteja presente em todos os modelos, mas como não uso, não sei dizer  com certeza (se você sabe, diga nos comentários, por favor).
Obs.: Segundo a leitora Barbara Alves, todas as câmeras dos sistemas iOS possuem sim a grade de regra dos terços. Valeu, Barbara!

Nas câmeras DSLR e outras mais simples, todas as que já tive a chance de usar contam com a grade de regra dos terços, bastando habilitar.
Obs.: Não vou responder a comentários sobre dúvidas de como habilitar a regra dos terços na sua câmera ou celular. Sugiro que tal dúvida seja sanada pesquisando no Google ou no manual de instruções.

Ainda sobre a grade da regra dos terços, é necessário dizer que ela tem um outro “recurso” muito legal, que são as interseções.
Você já deve ter percebido que a grade da regra dos terços é formada por duas linhas horizontais e duas linhas verticais  que se cruzam, certo? No cruzamento dessas linhas, estão as interseções.
Colocar o objeto, assunto ou sujeito principal da sua foto, exatamente em cima ou próximo de uma interseção, faz com que ele seja muito mais atrativo ao olhar do observador.

Veja as interseções da regra dos terços marcadas em laranja:

E veja alguns exemplos de uso das interseções juntamente ao uso dos terços:

Gallery Wordpress

Mas nem tudo precisa seguir à risca os terços ou as interseções.
Ela são apenas para você se orientar. Se você sentir que é melhor ignorá-las um pouco, tudo bem!

Veja só:

Nessa foto eu queria contar sobre a grandeza do céu por sobre a cidade. Por esse motivo exagerei no enquadramento do céu, deixando a cidade “pequena” na foto. Além disso, dessa forma a “pequenez” da pessoa é acentuada e por isso enfatiza que está voando muito alto.
Tá bom, pode ser viagem demais de minha parte, mas é o que eu tava pensado na hora. heheh

Nessa outra foto eu poderia ter colocado o sol bem em cima da interseção direita inferior, mas daí eu cortaria um pedaço da nuvem no terço vertical esquerdo. Para que isso não acontecesse é que escolhi deixar o sol um pouco para a direita da interseção.
Se você reparar, vai perceber que o sol está em um dos quadrados formados pelas linhas da grade da regra dos terços e que a nuvem está no quadrado bem do outro lado, mas na mesma linha. Isso traz equilíbrio para a composição. Sacou? 😉

E para finalizar, saiba que você pode misturar tudo numa foto só.
Nessa foto abaixo usei os terços horizontais e os verticais na mesma foto. Tá certo, não usei as interseções, mas se quiser pode usar, beleza?

Então é isso, me despeço agora e deixo um recado:

Ficar só lendo não vai te fazer aprender a fotografar. Teoria sem prática não converte conhecimento.
É preciso treinar uma a uma, cada técnica que está descobrindo.

Não acumule teoria.
Acumule conhecimento!


AVISO IMPORTANTE:
Todo o conteúdo desse curso está protegido pela lei de direitos autorais (LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.)
Não é permitida a reprodução ou duplicação, digital ou impressa, integral ou parcial dos textos, imagens, animações, vídeos ou arquivos sem prévia autorização do Câmera Mais.
Não é permitido o uso do conteúdo desse curso por escolas de fotografia ou design, por professores independentes, criadores de conteúdo digital ou impresso sem prévia autorização do Câmera Mais.

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4 respostas

  1. Gostei desta aula porque posso explorar uma paisagem de várias maneiras e destacar todos os objetos de uma paisagem. Grata.

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